Por: Wagner França
Mesmo com queda nas vendas para os Estados Unidos, o país registra recorde de exportações em setembro e no acumulado do ano, impulsionado pela conquista de novos mercados na Ásia e no Mercosul.
No primeiro material aqui da minha coluna, comentei sobre os impactos que as tarifas impostas pelo governo Trump poderiam gerar no Comércio Exterior brasileiro – tanto os riscos de retração em determinados setores quanto as oportunidades de expansão para os exportadores nacionais.
Pois bem, pouco mais de um mês depois, temos uma excelente notícia: as exportações brasileiras bateram recordes em setembro e no acumulado do ano. Esse desempenho reflete a capacidade de adaptação das empresas nacionais, que souberam diversificar mercados e buscar novos parceiros comerciais, reduzindo a dependência de destinos tradicionais, como os Estados Unidos.
Mesmo com uma queda de 20,3% nas exportações para o mercado norte-americano em relação ao mesmo período de 2024, o Brasil ganhou espaço em outras regiões, especialmente na Ásia.
Os números impressionam:
• Singapura teve aumento de 133,1%, somando US$ 0,5 bilhão em exportações;
• Índia, alta de 124,1% e US$ 0,4 bilhão em vendas;
• Bangladesh e Filipinas cresceram 80,6% e 60,4%, respectivamente;
• e a China, nosso principal parceiro na região, aumentou suas importações em 14,9%, o que representa US$ 1,1 bilhão adicionais.
Os países do Mercosul também mostraram fôlego, com alta de 29,3% nas exportações, puxadas pela Argentina, que ampliou suas compras do Brasil em 24,9%. Já para a União Europeia, o crescimento foi mais moderado, de 2%, mas ainda assim positivo diante do cenário internacional de incertezas.
Esse movimento mostra que o mercado brasileiro está reagindo e se reinventando. A abertura de novos destinos tem sido essencial para escoar a produção antes destinada aos Estados Unidos, fortalecendo a presença do Brasil em diferentes cadeias produtivas e ampliando a resiliência do nosso comércio exterior.
Mais do que um recorde pontual, o desempenho de setembro reflete uma tendência estratégica de diversificação – uma lição importante para empresas que buscam sustentabilidade nas exportações em um mundo cada vez mais sujeito aos impactos geopolíticos e comerciais.
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