Por: Rafael Jungklaus
Com o encerramento do mês de julho, é possível ouvir um suspiro coletivo de alívio ecoando dos escritórios de contabilidade por todo o país. Isso porque, com a tão aguardada (contém ironia) entrega da ECF, chega ao fim o extenso calendário das obrigações anuais que as empresas devem prestar à Receita Federal. Agora, é respirar fundo: só no ano que vem começa tudo de novo.
Esse verdadeiro circuito de maratona fiscal começou logo no início do ano, em janeiro, com a Declaração de Não Ocorrência ao COAF, um lembrete importante de que a conformidade começa desde os primeiros dias do ano. Em seguida, fevereiro chegou com tripla jornada: foi tempo de preparar e entregar a DIMOB e a DMED .
Fevereiro também marcou um momento simbólico: a despedida da antiga e temida DIRF . Um adeus que veio com um certo alívio, mas também com desconfiança… afinal, em 2024 ela voltou dos mortos, como um fantasma tributário. Que fique em paz de vez!
Em março, o foco se voltou para a DEFIS, que concentra as informações das empresas optantes pelo Simples Nacional. Já abril, normalmente um mês mais calmo, permite aos contadores um breve respiro — só para logo em seguida mergulhar na intensa e tradicional Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física, que segue firme até o fim de maio.
Mas maio não foi só de IRPF: ainda exigiu a entrega da DASN-SIMEI, voltada aos microempreendedores individuais, que também fazem parte desse complexo ecossistema contábil.
E então chegamos a junho — um mês de contrastes. Enquanto o país se veste de bandeirinhas e se aquece com quentão e quadrilhas típicas das festas juninas, os contadores estão às voltas com o prazo da ECD. Em meio a doces de amendoim e correções de saldos contábeis, lá estão eles, revisando lançamentos, ajustando erros e, claro, conferindo se o balanço finalmente bateu. No Sul, talvez com um pinhão na mão e o olhar cansado no balanço patrimonial.
Por fim, a linha de chegada chega com julho e a famigerada ECF. A última das grandes entregas anuais. Um verdadeiro sprint final para fechar o ciclo com chave de ouro — ou pelo menos com tudo certo na malha fiscal.
Agora sim: é hora de comemorar! Que venha agosto, com sua relativa calmaria, e que os contadores possam, enfim, aproveitar alguns dias sem o peso das grandes entregas fiscais.
E para aqueles que precisam entregar outras declarações anuais mais específicas como DITR ou até mesmo as semestrais como DECRED e e-Financeira, um grande abraço!